30/03/2016
Matéria Extra de março de 2016 - Consórcio de Máquinas e Implementos Agrícolas
PARTICIPANTES ATIVOS DOS CONSÓRCIOS DE MÁQUINAS E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS AUMENTAM 16,5% EM UM ANO
Taxa média de administração dos grupos cai para 0,119% ao mês
O mais novo levantamento realizado pela assessoria econômica da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, feito a partir dos dados fornecidos pelas administradoras associadas que atuam no setor de máquinas e implementos agrícolas inserido no segmento de veículos pesados, apontou crescimento do volume de participantes ativos no último ano.
A análise dessa evolução mostrou aumento de 16,5% no total de participantes ativos consolidados, na relação entre março deste ano e o de 2015. Enquanto há um ano eram 69,5 mil consorciados, em 2016 registrou-se 81 mil. Esse crescimento, apesar da crise político-econômica instalada no período, mostrou que os consórcios estão cada vez mais presentes no segmento do agronegócio.
RETROSPECTIVA
Com créditos variando, em sua maioria, de R$ 89,7 mil a R$ 367,7 mil, verificou -se mais participantes que utilizaram o mecanismo como forma planejada e econômica, buscando adquirir equipamentos móveis e fixos com mais tecnologia embarcada e que proporcionassem melhores resultados.
Observou-se ainda que parcela significativa dos contemplados adquiriu implementos agrícolas/rodoviários (39,9%). Os tratores de roda e esteira, bem como as retroescavadeiras ficaram com 26,8%, as colheitadeiras foram 22% e os cultivadores motorizados somaram 11,3%.
Com grupos variando de 60 a 150 meses e média de 113, semelhantes aos praticados anteriormente, a taxa média mensal ficou em 0,119%, inferior ao 0,129% de doze meses antes (março de 2015). Já o crédito médio foi R$ 228,7 mil.
Para Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, "os bons resultados da modalidade no agronegócio sinalizam que produtores e empresários do setor estão planejando aquisição de produtos agrícolas, utilizando os consórcios. Por isso, entendemos que, apesar da situação econômica brasileira desfavorável em contraponto com a agricultura e a pecuária em crescimento, é natural que o mecanismo faça parte e contribua para a alavancagem dos negócios em razão de suas características como custos baixos, prazos longos e diversidade nas formas de pagamento".
PRAZOS ADEQUADOS E PAGAMENTOS ACESSÍVEIS
Os diversos tipos de plantios, como grãos (soja, milho, trigo, arroz) com 83%, cana de açúcar com 13%, prestador de serviços com 2,5% e florestal com 1,5%, fizeram com que tanto a mono como a policultura no agronegócio se constituíssem em boas oportunidades para que os consórcios tivessem presença ainda maior entre aqueles que desejaram crescer e desenvolver cultivos rotativos. Aliás, a safra de grãos deverá apresentar crescimento de aproximadamente 1% este ano, levando o país a bater novo recorde ao atingir 221,3 milhões de toneladas, segundo levantamento de fevereiro, divulgado pelo IBGE para 2016.
As formas de pagamento de suas parcelas continuaram sendo diferenciais positivos:
1 - Pagamentos normais;
2 - Pagamentos por safra - pagamentos anuais;
3 - Pagamentos por safra - adiantamentos - pagamento trimestral ou semestral;
4 - Meia parcela (reforço trimestral ou semestral).
Em janeiro último, havia 280 mil consorciados ativos no setor de veículos pesados, dos quais 28,9% tinham como objetivo adquirir bens vinculados ao agronegócio. As atitudes de planejamento a médio e longo prazos, práticas básicas da agricultura, têm levado o produtor rural ou empresas do setor a integrar tecnologia embarcada com mecanismos de autofinanciamento como o consórcio. O objetivo é conseguir reduzir custos finais capazes de agregar lucratividade e de obter resultados competitivos ao participar dos mercados externo ou interno.
DADOS DO SISTEMA DE CONSÓRCIOS - JANEIRO DE 2016
VEÍCULOS PESADOS
(CAMINHÕES, ÔNIBUS, SEMIRREBOQUES, TRATORES, IMPLEMENTOS)
- PARTICIPANTES ATIVOS CONSOLIDADOS (CONSORCIADOS)
- 280 MIL (JANEIRO/2016)
- 263 MIL (JANEIRO/2015)
CRESCIMENTO: 6,5%
- VENDAS DE NOVAS COTAS (NOVOS CONSORCIADOS)
- 5,1 MIL (JANEIRO/2016)
- 4,1 MIL (JANEIRO/2015)
CRESCIMENTO: 24,4%
- VOLUME DE CRÉDITOS COMERCIALIZADOS (ACUMULADO NO PERÍODO)
- R$ 746,1 MILHÕES (JANEIRO/2016)
- R$ 651,6 MILHÕES (JANEIRO/2015)
CRESCIMENTO: 14,5%
- TÍQUETE MÉDIO (VALOR MÉDIO DA COTA NO MÊS)
- R$ 147,7 MIL (JANEIRO/2016)
- R$ 158,9 MIL (JANEIRO/2015)
RETRAÇÃO: 7%
- CONTEMPLAÇÕES
(CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
- 2,9 MIL (JANEIRO/2016)
- 3,0 MIL (JANEIRO/2015)
RETRAÇÃO: 3,3%
- VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS (ACUMULADO NO PERÍODO)
- R$ 406,3 MILHÕES (JANEIRO/2016)
- R$ 420,3 MILHÕES (JANEIRO/2015)
RETRAÇÃO: 3,3%
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