29/11/2024
Matéria de novembro de 2024 - Dados de outubro de 2024
INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS IMPULSIONAM O AGRONEGÓCIO
Consórcio viabiliza e atualiza produtos e serviços para agricultores e pecuaristas
O agronegócio é um dos principais impulsionadores da economia brasileira, tendo, no ano passado, registrado 23,8% de participação no Produto Interno Bruto (PIB). Ao responder por um real a cada três gerados no país, ocupa 28,34 milhões de brasileiros economicamente ativos e responde ainda por 42% das exportações nacionais, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea e Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA.
Ao longo dos anos, muitos dos que atuam nos ramos agrícola e pecuário vêm aderindo aos grupos de consórcios e utilizando créditos, quando das contemplações, em setores como o de veículos pesados, que incluem caminhões, implementos rodoviários, máquinas e implementos agrícolas, bem como nos de imóveis, serviços e eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, adquirindo bens ou contratando serviços para atualizar e rentabilizar suas atividades no agronegócio.
Constantemente, observam-se renovações tecnológicas, que, segundo o economista austríaco Joseph Alois Schumpeter, são o motor do desenvolvimento capitalista. “Schumpeter afirma que novos métodos de trabalho ou a introdução de novos equipamentos são fatores que, aplicados por empresários empreendedores, alteram a dinâmica e as condições de equilíbrio da economia, impulsionando-a para novos ciclos de desenvolvimento”, detalha Luiz Antonio Barbagallo, economista da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).
Tendo por objetivo melhor lucratividade, lavradores e agropecuaristas buscam estar acima da média produtiva do mercado. “Schumpeter popularizou a ideia da destruição criativa, em que novos produtos e formas de trabalho substituem antigos modelos de negócios”, complementa Barbagallo.
É preciso ressaltar que, dia após dia, os mercados estão cada vez mais competitivos, onde novos procedimentos e novas técnicas são ferramentas fundamentais. A exposição à concorrência regional, nacional e global leva inevitavelmente a isso, pois em um ambiente de liberdade econômica muitas oportunidades são proporcionadas por setores mais dinâmicos.
“Fator de orgulho nacional, a agricultura brasileira é uma das mais competitivas”, afirma Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC. “Concorrendo no mercado externo, ela precisa constantemente se reciclar, adotando mecanismos atualizados de produção, incluindo equipamentos avançados e agregando modernas tecnologias. Hoje, o Brasil é o quarto maior produtor de alimentos do mundo”, completa.
Um dos exemplos mais recentes de inovação tecnológica no campo é o uso de drones, que transforma o método de gerenciar culturas agrícolas, monitorando irrigações e safras, coletando dados em tempo real, realizando levantamentos e sendo usados como sistema de segurança.
Importante incluir ainda os benefícios dessa tecnologia que identificam pragas e doenças, deficiências de nutrição do solo, pulverizações localizadas, mapeamento de áreas mais propícias a determinadas culturas, melhor eficiência nos processos, monitoramento do gado, inspeção de pastagens, entre outros.
Para acesso a essa e outras inovações, é necessário que haja financiamentos sustentáveis que possam contribuir para o sucesso do planejamento, com custos adequados. “O Sistema de Consórcios é uma alternativa para produtores agrícolas, pecuaristas e para empresários que atuam para esse segmento econômico”, destaca o economista da ABAC. “Com características próprias, tais como baixo custo, prazos adequados, manutenção do poder de compra, entre outras vantagens, o mecanismo é um aliado do agro empresário”, acrescenta.
PECUARISTA CONFIRMA ECONOMIA COM O CONSÓRCIO
Para Walman Pereira Cavalcante, dentista, solteiro, 29 anos e pecuarista junto com a família, em Marajá do Sena, no Maranhão, o consórcio está presente na sua atividade agropecuária há alguns anos. Já adquiriu vários bens como, por exemplo, um quadriciclo, para deslocamentos nas fazendas, em razão do relevo acidentado da região. Mais recentemente, foi contemplado com um crédito de R$ 125 mil para aquisição de um drone DJIT2P, com três baterias e carregador, visando diversos usos no campo. Cavalcante explica que “o consórcio não é vantajoso apenas pelo baixo valor da parcela mensal e pelo custo final do bem. A flexibilidade na utilização do crédito, dentro do segmento, é uma vantagem que permite escolher o equipamento mais adequado para proporcionar mais rentabilidade em virtude da economia proporcionada pela redução dos gastos nas atividades na fazenda”.
Para exemplificar, Cavalcante lembra que “para semear capim especial destinado à engorda do gado e para pulverizar o pasto com defensivos, utilizava grande número de trabalhadores durante um mês inteiro para cada uma destas atividades. Com o drone, o tempo ficou reduzido para um dia e meio por ação, além de contar somente com dois funcionários, o piloto do equipamento e um ajudante”.
Ao calcular os atuais custos em comparação aos anteriores explica que “além da vantagem de o consórcio não ter juros, apenas taxa de administração, tem ainda parcelas bastante acessíveis e longo prazo para pagamento. A economia proporcionada pela redução das despesas com a mão de obra tem sido mais um aspecto positivo, por se tratar de total significativo no planejamento e no balanço geral”. O pecuarista destacou ainda que o equipamento está em uso apenas há seis meses e que, apesar do pouco tempo, já observou resultados positivos.
Ao contar com um rebanho de bovinos para corte entre 800 e 1000 cabeças nos 250 hectares de suas propriedades, distantes 360 km da capital São Luís, Cavalcante concluiu que “o retorno do investimento feito pelo lance ofertado deverá ocorrer em menos de dois anos. Em contrapartida, as parcelas mensais do consórcio terminarão somente em 2028, permitindo antever uma boa lucratividade futura”.
A utilização do drone, adquirido via consórcio, tem proporcionado
economia ao consorciado em suas propriedades
Há vários tipos de produtos e serviços que podem ser adquiridos ou contratados para o desenvolvimento do agronegócio: o autofinanciamento chamado Sistema de Consórcios é um deles. Desde a construção de cochos para o gado aos silos de armazenamento de grãos, passando pela irrigação ou pulverização aéreas de culturas, até os vários tipos de atividades como sistemas de controles e de gestão do agronegócio ou de inseminação na criação animal podem ser os objetos dos planos de consórcios disponibilizados pelas administradoras.
No setor de Veículos Pesados, por exemplo, onde há grupos de caminhões, máquinas e equipamentos agrícolas, aeronaves, entre outros, houve crescimento de participantes ativos e dos créditos concedidos e potencialmente injetados no mercado interno, nos últimos anos.
A EVOLUÇÃO DO CONSÓRCIO DE PESADOS
A análise dos totais de participantes ativos do consórcio de veículos pesados no período compreendido de dezembro de 2019 até outubro deste ano, registrou avanço de 151,8%, saltando de 335,08 mil, naquele ano, para 843,65 mil, até 2024.
Importante considerar que tais volumes são estimativamente constituídos de dois terços de consorciados de caminhões e implementos rodoviários, enquanto o outro terço refere-se a interessados em máquinas e implementos agrícolas.
Na divisão, a maior parcela, os 2/3 de participantes ativos, que se destina ao transporte, aumentou de 223,39 mil, em 2019, para 517,45 mil, em 2023, anotando progresso de 131,6%. Somente em outubro de 2024, alcançou 562,43 mil, volume maior do que o atingido em dezembro do ano passado.
No terço complementar, de 111,69 mil participantes com cotas de equipamentos agrícolas, existentes em dezembro de 2019, também houve evolução de 131,6%, e atingiu 258,73 mil, em 2023. No décimo mês de 2024, somou 281,22 mil, acima do alcançado no final de 2023.
Paralelamente, no mesmo período, houve liberação de créditos para consorciados contemplados, potencialmente injetados no mercado interno, que evoluíram de R$ 5,47 bilhões, acumulados em 2019, para R$ 12,60 bilhões, em 2023, com 130,3% de alta.
Nos últimos cinco anos, de 2019 a 2023, e dez meses de 2024, foram concedidos a soma de R$ 59,27 bilhões aos participantes contemplados, visando formação, renovação e ampliação de frotas de veículos pesados, utilizados nos setores de transporte rodoviário de carga e de equipamentos para o agronegócio.
O agronegócio vem apresentando crescimentos significativos no PIB. Em 2023, encerrou o ano com alta de 2,9% sobre 2022, totalizando R$ 10,9 trilhões. De 2022 para 2023, a atividade agropecuária cresceu 15,1%.
“O bom desempenho setorial deve ser creditado à utilização cada vez maior da tecnologia e de técnicas inovadoras”, afirma Rossi. “O consórcio, presente no país há mais de 60 anos, continua e continuará sendo importante mecanismo de planejamento financeiro do agronegócio, um dos pilares econômicos nacionais”, conclui.
ÍNDICE DE CONFIANÇA DO SETOR DE CONSÓRCIOS - ICSC REGISTRA LIGEIRA ELEVAÇÃO
Em novembro, o indicador de orientação do consumidor apresenta elevação de 0,5 ponto sobre o último resultado
O Índice de Confiança do Setor de Consórcios – ICSC, criado pela Associação Brasileira de Administradora de Consórcios (ABAC), chega ao seu quarto resultado em novembro. Ao ser referência para o consumidor e para os participantes do Sistema de Consórcios, o índice demonstra a percepção das associadas da entidade sobre a situação do consórcio e do ambiente macroeconômico no momento atual e futuro do país.
Além dos tradicionais indicadores estatísticos, publicados mensalmente, a associação informa que o mais novo resultado do ICSC apontou ligeira evolução sobre as expectativas setoriais para curto prazo. Em novembro, a avaliação, sempre baseada nas respostas recebidas, apontou 62,7 pontos, 0,5 ponto acima do último levantamento.
Na sua primeira edição, há seis meses, o ICSC somou 64,0 pontos. Depois, registrou crescimento em julho e atingiu 68,2 pontos. Na sequência, apesar de apontar retração em setembro, quando marcou 62,2 pontos, manteve-se acima dos 50 pontos, confirmando com isso a confiança daquelas empresas que responderam ao questionário.
Para Luiz Antonio Barbagallo, economista da ABAC, “o pequeno crescimento em novembro deveu-se à cautela demonstrada principalmente com relação ao comportamento da economia brasileira, na qual a quantidade de respostas na opção “sem alterações” e na “pioraram” puxaram o indicador para baixo. Em contrapartida, relativamente ao Sistema de Consórcios, com a igualdade e equilíbrio observados em “sem alterações” e “melhoraram”, houve inversão na tendência, possibilitando a reversão para uma alta de 0,5 ponto”.
No ICSC, a variação de 0 a 100 pontos sinaliza que, acima de 50 pontos, indica a confiança dos empresários. Em contrapartida, abaixo de 50 pontos demonstra a falta dela, portanto, apesar da retração, o ICSC, ao permanecer bastante acima dos 50 pontos, ratifica a confiança das administradoras de consórcio.
VENDAS ATINGEM 3,75 MILHÕES DE COTAS COM MAIS DE R$ 313 BILHÕES EM NEGÓCIOS REALIZADOS EM DEZ MESES
Participantes ativos batem recorde novamente ao superar 11,14 milhões, em outubro
No encerramento do período compreendido entre janeiro e outubro, o Sistema de Consórcios registrou o maior volume de vendas ao atingir 3,75 milhões de cotas. O crescimento foi 7,8% acima dos 3,48 milhões anotados naqueles meses do ano passado. No período, o acumulado de negócios avançou 20,3% sobre os R$ 260,51 bilhões anteriores, chegando a R$ 313,48 bilhões neste ano.
A soma das adesões originou-se de 1,45 milhão de cotas de veículos leves; 1,12 milhão de motocicletas e motonetas; 817,37 mil de imóveis; 204,22 mil de veículos pesados; 107,12 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 44,50 mil de serviços.
Em paralelo, o volume de participantes ativos voltou a crescer e registrar novo recorde em outubro. Ao cravar 11,14 milhões de consorciados ativos, o Sistema de Consórcios evoluiu 10,8% sobre os 10,05 milhões do mesmo mês em 2023.
O acompanhamento da assessoria econômica da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) feito a partir de janeiro de 2022, quando o total de consorciados ativos apontava 8,21 milhões, mostrou que, em outubro de 2024, o volume bateu em 11,14 milhões. Em trinta e quatro meses consecutivos de constante crescimento, houve aumento de 35,7%. Nestes quase três anos, houve apenas uma retração em abril de 2023.
No volume de consorciados ativos, houve altas em quatro setores: 24,5% nos imóveis; 12,1% nos veículos pesados; 9,6% em motocicletas, e 9,1% nos veículos leves. Os setores que tiveram retração foram: serviços, com -31,3%, e eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com -4,0%.
Nos seis segmentos econômicos, nos quais o consórcio está presente, a soma das cotas ativas ficou assim distribuída: 42,8% em veículos leves; 27,6% em motocicletas; 18,5% em imóveis; 7,6% em veículos pesados; 2,4% em eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 1,1% em serviços.
No décimo mês do ano, houve elevação do valor do tíquete médio em relação ao mês de outubro do ano passado. Os R$ 81,07 mil verificados em 2024 no Sistema de Consórcios foram 4,5% maiores que os R$ 77,56 mil verificados há um ano.
Em paralelo, nos últimos cinco anos, o tíquete médio demonstrou expansão nominal de 36,2% entre os valores médios considerados somente os meses de outubro. Ao descontar a inflação (IPCA) de 30,5% do período, na relação da diferença dos R$ 59,54 mil, em 2020, para os R$ 81,07 mil, em 2024, houve valorização real de 4,4%.
O crescimento nominal de 36,2% do tíquete médio, ao longo dos últimos cinco anos, pode ser creditado a várias razões, inclusive para a boa performance do Sistema de Consórcios. A principal é a renda do brasileiro que segue sendo o diferencial. Recentemente, a comprovação foi confirmada por mais uma queda da taxa de desemprego. Ficou em 6,4%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE).
Em contrapartida, nos últimos doze meses, a inflação aumentou de 4,42% para 4,76%, com o IPCA avançando 0,56 em outubro, ultrapassando o teto da meta, 4,50%, estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional.
Na somatória de janeiro a outubro deste ano, o acumulado de consorciados contemplados atingiu 1,41 milhão, 3,7% maior que 1,36 milhão anotados naquele período em 2023.
Entre as contemplações por segmento, ocorridas por sorteio ou por lance, houve: 594,64 mil de motocicletas; 572,35 mil de veículos leves; 92,42 mil de imóveis; 74,35 mil de veículos pesados; 48,28 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 29,88 mil de serviços.
A correspondente concessão de créditos para os consorciados contemplados atingiu R$ 81,07 bilhões, no período. Foram potencialmente injetados nos segmentos da economia nos quais a modalidade está presente, contabilizando mais 14,8% sobre os R$ 70,60 bilhões anteriores.
“Com um segundo semestre demonstrando forte crescimento em vendas de cotas, negócios realizados e crescimento em participantes ativos, o Sistema de Consórcios vem registrando a confiança ratificada pelo brasileiro no mecanismo em todos os setores, como forma consciente de planejamento e aquisição de bens ou contratação de serviços”, afirma Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC.
Ao apontar os diversos recordes históricos, Rossi comenta que “fica claro que as decisões pela modalidade são frutos do crescente conhecimento sobre a essência da educação financeira aplicada na gestão das finanças pessoais”, completa.
“Vale destacar que, considerando as adesões de pessoas físicas e jurídicas, as expectativas são cada vez mais otimistas quanto ao encerramento do ano, confirmando as projeções positivas feitas no final de 2023”, conclui o presidente da ABAC.
A EVOLUÇÃO DO CONSÓRCIO NA DÉCADA
Na última década, ao chegar no novo recorde de 11,14 milhões de participantes ativos, registrados no mês de outubro deste ano, todas as marcas anotadas naquele mês de 2015 a 2023 foram superadas. De 2015 a 2024, houve evolução de 56,2%.
Na comercialização de cotas, totalizadas de janeiro a outubro durante os últimos dez anos, observou-se que o acumulado deste ano, com 3,75 milhões de unidades vendidas, foi a maior do período. De 2015 a 2024, houve progresso de 92,3%.
Simultaneamente, na somatória de consorciados contemplados, nos mesmos dez meses, também durante a mesma década, confirmou-se que o 1,41 milhão, foi o resultado com melhor desempenho no período.
O CONSÓRCIO NOS ELOS DA CADEIA PRODUTIVA
Além das concretizações de desejos dos consorciados, um dos principais objetivos do Sistema de Consórcios tem sido, em mais de seis décadas, a presença da modalidade no planejamento da produção industrial nos mais diversos segmentos da economia nos quais está presente, contribuindo consequentemente para o desenvolvimento do país.
O consórcio está em setores como o de motocicletas que, somente nos dez meses de contemplações, anotou a potencial aquisição de uma moto a cada duas comercializadas no mercado interno. No setor automotivo, a possível presença esteve também em um a cada três veículos leves vendidos no país.
Outro exemplo de atuação pode ser verificado no mercado de veículos pesados, no qual o mecanismo apontou a potencialidade de um a cada três caminhões negociados no mercado automotivo, para ampliação ou renovação de frotas do setor de transportes, com destaque para uso de equipamentos no agronegócio.
A influência do consórcio na economia brasileira tem sido crescente. Pode ser demonstrada pelos totais de créditos liberados e à disposição dos consorciados, como nos mercados de veículos automotores e imobiliário. Nas concessões acumuladas de janeiro a outubro, o Sistema de Consórcios alcançou 28,6% de potencial participação no setor de automóveis, utilitários e camionetas. Nas de motos, houve 37,8% de provável participação, e no de veículos pesados, a relação somente para caminhões foi de 32,9%.
Nos nove meses iniciais deste ano, o segmento imobiliário apresentou 16,4% de consorciados contemplados em potenciais participações no total de 495,14 mil imóveis financiados, incluindo o consórcio. Aproximadamente houve um imóvel por consórcio a cada seis comercializados.
“É importante relembrar que muitos créditos liberados por ocasião das contemplações no Sistema de Consórcios”, esclarece Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, “não são transformados em bens ou em contratação de serviços de imediato. Assim, existem valores pertencentes a contemplados em vários segmentos que ainda não foram utilizados, razão pela qual seguimos divulgando em dois tipos de classificações: primeiro as estimativas de potenciais inserções dos créditos nos mercados de cada setor e na sequência as aquisições realizadas”, complementa.
AQUISIÇÕES DE VEÍCULOS VIA CONSÓRCIO CONFIRMAM A PARTICIPAÇÃO NAS VENDAS NO MERCADO INTERNO
Ao utilizar os dados divulgados pela B3 até outubro, os percentuais de aquisição de veículos automotores realizados via consórcio reafirmaram a presença e o gradativo crescimento do mecanismo nas vendas no mercado interno, nos dez meses deste ano.
A participação dos consórcios, incluindo leves, motos, caminhões e implementos rodoviários, novos e seminovos, variaram de 8,1% a 32,5% entre os totais no período. Cada percentual registrou o interesse dos consumidores, pessoas físicas e jurídicas, pela modalidade como forma de usufruir das características básicas como parcelas acessíveis, sem juros, prazos longos, poder de compra, sem cobranças retroativas, sem IOF, entre outros.
No segmento de veículos leves, observou-se que, do total geral, 8,1% foram realizados com créditos concedidos por contemplações, enquanto 91,9% originaram-se dos financiamentos.
Na divisão entre novos e usados, verificou-se que 9,2% dos veículos zero km foram via consórcio enquanto 90,8% foram por financiamentos. Nos seminovos, houve 7,9% pelo consórcio e 92,1% por financiamentos.
No segmento das duas rodas, observou-se que, do volume comercializado no mercado nacional, 25,9% foram utilizados a partir de créditos concedidos por consórcio, e 74,1% provenientes de financiamentos.
Ao separar em novas e usadas, 32,5% estiveram nas motos zero via consórcio e 67,5% foram por financiamentos. Nas seminovas, houve 7,8% pela modalidade consorcial e 92,2% por financiamentos.
No segmento dos veículos pesados, os caminhões mostraram que do total vendido internamente, 10,5% foram com uso de créditos liberados por consórcio e 89,5% procedentes de financiamentos.
Na separação entre novos e usados, houve 8,5% de caminhões zero comercializados via consórcio e 91,5% por financiamentos. Os seminovos somaram 12,1% via Sistema de Consórcios, enquanto 87,9% foram por financiamentos.
Ainda em veículos pesados, os implementos rodoviários totalizaram 18,3% de vendas pelo consórcio e 81,7% resultante de outras linhas de crédito, no mercado interno.
Na análise entre novos e usados, houve 16,5% de semirreboques zero via consórcio e 83,5% pelos vários tipos de financiamentos. Paralelamente, os seminovos atingiram 21,4% pelas contemplações e 78,6% por empréstimos variados.
O MOMENTO DO CONSÓRCIO NA ECONOMIA NACIONAL
A recente elevação da taxa Selic para 11,25%, com vista ao controle da inflação, tem sido uma necessidade que se justifica na economia brasileira. Porém, no sentido inverso, há outro bom indicador econômico: a redução da taxa de desemprego que chegou a 6,4%.
Em setembro, a massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 21,952 bilhões. No período de um ano, bateu um recorde ao atingir R$ 327,743 bilhões. Até o final do trimestre encerrado em setembro último, houve alta de 7,2%, ante ao mesmo período terminado em setembro de 2023. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda em relação ao trimestre encerrado em setembro de 2023, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 3,7%, ou seja, mais R$ 114,00, chegando aos atuais R$ 3.341,00.
Ao comentar o crescimento da renda do brasileiro e consequentemente a das famílias, Rossi sinalizou a boa perspectiva para de venda de cotas. “Os indicadores de adesões ao Sistema de Consórcios vêm apresentando constante aumento, considerando principalmente as suas exclusivas características. Ao proporcionar a concretização de objetivos pessoais, profissionais e familiares, a modalidade também avançou nas contemplações, possibilitando a utilização dos créditos para aquisição de bens ou contratação de serviços. Por decorrência, o consórcio vem alavancando os diversos elos da cadeia produtiva, observando especialmente que, ao impulsionar a produção industrial, não provoca inflação.
NÚMEROS DO SISTEMA DE CONSÓRCIOS
ESTIMATIVAS SEGUNDO A ASSESSORIA ECONÔMICA DA ABAC
RESUMO GERAL E SETORIAL DAS VENDAS DE COTAS
No encerramento de outubro, o Sistema de Consórcios mostrou expressivo aumento nos negócios realizados, apoiado pelo avanço anotado nas vendas de cotas, considerando ainda alta do valor do tíquete médio mensal, que provocaram evolução do total dos participantes ativos.
Dos seis indicadores setoriais básicos da modalidade, cinco apresentaram progressos na somatória das comercializações: eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com 54,6%; imóveis, com 27,9%; serviços, com 12,2%; veículos leves, com 4,3%; e motocicletas, com 4,1%. O único setor em que houve redução foi o de veículos pesados, com -21,9%.
O SISTEMA DE CONSÓRCIOS - GERAL
PARTICIPANTES ATIVOS CONSOLIDADOS (CONSORCIADOS EM GRUPOS EM ANDAMENTO)
- 11,14 MILHÕES (OUTUBRO/2024)
- 10,05 MILHÕES (OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 10,8%
VENDAS DE COTAS (NOVOS CONSORCIADOS)
- 3,75 MILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- 3,48 MILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 7,8%
VOLUME DE CRÉDITOS COMERCIALIZADOS
- R$ 313,49 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- R$ 260,51 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 20,3%
TÍQUETE MÉDIO (VALOR MÉDIO DA COTA NO MÊS)
- R$ 81,07 MIL (OUTUBRO/2024)
- R$ 77,56 MIL (OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 4,5%
CONTEMPLAÇÕES (CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
- 1,41 MILHÃO (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- 1,36 MILHÃO (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 3,7%
VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS
- R$ 81,07 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- R$ 70,60 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 14,8%
ATIVOS ADMINISTRADOS*
- R$ 586 BILHÕES (JUNHO/2024)
- R$ 501 BILHÕES (JUNHO/2023)
CRESCIMENTO: 17,0%
PARTICIPAÇÃO NO PIB DE 2023
5,3%
PATRIMÔNIO LÍQUIDO AJUSTADO*
- R$ 20,41 BILHÕES (JUNHO/2024)
- R$ 18,33 BILHÕES (JUNHO/2023)
CRESCIMENTO: 11,3%
TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES PAGOS*
- R$ 3,22 BILHÕES (JANEIRO-JUNHO/2024)
- R$ 3,03 BILHÕES (JANEIRO-JUNHO/2023)
CRESCIMENTO: 6,3%
Fontes:
*) Banco Central do Brasil
**) ABAC
O SISTEMA DE CONSÓRCIOS - SETORES
VEÍCULOS AUTOMOTORES EM GERAL (LEVES, PESADOS E MOTOS)
NEGÓCIOS SUPERAM R$ 155 BILHÕES COM VENDAS DE 2,78 MILHÕES DE COTAS, DE JANEIRO A OUTUBRO
No mês de outubro, o acumulado de venda de cotas dos grupos de consórcios de automotores, que inclui veículos leves, motocicletas e veículos pesados, aumentou em 1,7%, provocando alta de 9,0% nos negócios, que superaram a marca dos R$ 155 bilhões. Os participantes ativos totalizaram 8,69 milhões.
Enquanto o acumulado de contemplações, de janeiro a outubro, anotou avanço de 4,8%, os correspondentes créditos liberados cresceram 17,2%, alcançando quase R$ 63 bilhões, potencialmente injetados no mercado consumidor dos segmentos analisados.
O total de créditos concedidos pelo Sistema de Consórcios liberado entre financiamentos, leasing e consórcio ao setor automotivo, divulgado pelo Banco Central do Brasil, apresentou crescimento de 1,9 ponto percentual, de 24,7% para 26,6%, de janeiro a setembro do ano passado para o mesmo período de 2024.
Dos 8,69 milhões de consorciados ativos em veículos automotores, 54,9% pertenciam aos grupos de veículos leves, 35,3% nos de motocicletas e 9,8 % em veículos pesados.
PARTICIPANTES ATIVOS CONSOLIDADOS (CONSORCIADOS)
- 8,69 MILHÕES (OUTUBRO/2024)
- 7,93 MILHÕES (OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 9,6%
VENDAS DE COTAS (NOVOS CONSORCIADOS)
- 2,78 MILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- 2,73 MILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 1,8%
VOLUME DE CRÉDITOS COMERCIALIZADOS (ACUMULADO NO PERÍODO)
- R$ 155,26 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- R$ 142,41 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 9,0%
CONTEMPLAÇÕES (CONSORCIADOS QUE TIVERAM POSSIBILIDADE DE COMPRAR BENS)
- 1,24 MILHÃO (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- 1,18 MILHÃO (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 5,1%
VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS (ACUMULADO NO PERÍODO)
- R$ 62,85 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- R$ 53,64 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 17,2%
PARTICIPAÇÃO DOS CONSÓRCIOS EM CRÉDITOS CONCEDIDOS
PERCENTUAL DO TOTAL INCLUINDO FINANCIAMENTO*, LEASING* E CONSÓRCIO**
20,76% (JAN-SET/2024) - R$ 56,43 BILHÕES SOBRE R$ 272,48 BILHÕES
24,7% (JAN-SET/2023) - R$ 49,60 BILHÕES SOBRE R$ 200,96 BILHÕES
Fontes:
*) Banco Central do Brasil
**) ABAC
VEÍCULOS LEVES (AUTOMÓVEIS, CAMIONETAS, UTILITÁRIOS)
VENDAS ATINGEM 1,45 MILHÃO DE COTAS COM NEGÓCIOS SOMANDO QUASE R$ 97 BILHÕES, EM DEZ MESES
No maior setor do Sistema de Consórcios em número de consorciados ativos, o consórcio de veículos leves, os negócios realizados somaram quase R$ 97 bilhões, resultado das 1,45 milhão de cotas vendidas, no acumulado de janeiro a outubro.
No mesmo período, os créditos concedidos nas contemplações apresentaram aumento de 16,6%, com potencial injeção de aproximadamente R$ 38 bilhões no mercado automotivo.
Neste setor, que inclui automóveis, camionetas e utilitários, houve também avanços nos indicadores de participantes ativos, vendas acumuladas de cotas, consorciados contemplados e tíquete médio.
Com pouco mais de 572 mil contemplações de consorciados em veículos leves, houve liberações de créditos que, quando injetados potencialmente no mercado nacional, propiciaram 28,6% de participação nas comercializações internas, cujo total cravou 2,0 milhões de unidades, portanto, um veículo a cada três vendidos, considerada a divulgação da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
PARTICIPANTES ATIVOS CONSOLIDADOS (CONSORCIADOS)
- 4,77 MILHÕES (OUTUBRO/2024)
- 4,38 MILHÕES (OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 8,9%
VENDAS DE COTAS (NOVOS CONSORCIADOS)
- 1,45 MILHÃO (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- 1,39 MILHÃO (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 4,3%
VOLUME DE CRÉDITOS COMERCIALIZADOS (ACUMULADO NO PERÍODO)
- R$ 96,94 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- R$ 84,00 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 15,4%
TÍQUETE MÉDIO DO MÊS (VALOR MÉDIO DA COTA)
- R$ 65,22 MIL (OUTUBRO/2024)
- R$ 60,81 MIL (OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 7,3%
CONTEMPLAÇÕES* (CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
- 572,35 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- 540,34 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 5,9%
* EM RAZÃO DE PARCERIA ENTRE ABAC E B3, ESTE INDICADOR PODERÁ SER DESDOBRADO POR REGIÕES E POR ALGUNS ESTADOS, BASEADO NAS UTILIZAÇÕES DOS CRÉDITOS NO PERÍODO MENCIONADO.
VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS (ACUMULADO NO PERÍODO)
- R$ 37,92 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- R$ 32,53 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 16,6%
MOTOCICLETAS
NEGÓCIOS ULTRAPASSAM R$ 21 BILHÕES, NO ACUMULADO DE JANEIRO A OUTUBRO
O volume de participantes ativos do consórcio das duas rodas, segundo maior do Sistema, alcançou 3,07 milhões ao crescer 9,6%, em outubro.
O aumento do tíquete mensal médio e das vendas de cotas propiciaram pouco mais de R$ 21 bilhões em negócios, avançando 12,2% sobre o ano passado, no acumulado de janeiro a outubro.
Enquanto a soma de consorciados contemplados mostrou alta, os créditos concedidos no período, potencialmente injetados no mercado motociclístico, chegaram aos R$ 11,50 bilhões.
As quase 600 mil contemplações, de janeiro a outubro, corresponderam a potencial aquisição de 37,8% de motocicletas no mercado interno, que totalizou 2,0 milhões de unidades comercializadas, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O percentual equivale a uma moto a cada duas vendidas no país.
PARTICIPANTES ATIVOS CONSOLIDADOS (CONSORCIADOS)
- 3,07 MILHÕES (OUTUBRO/2024)
- 2,80 MILHÕES (OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 9,6%
VENDAS DE COTAS (NOVOS CONSORCIADOS)
- 1,12 MILHÃO (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- 1,07 MILHÃO (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 4,7%
VOLUME DE CRÉDITOS COMERCIALIZADOS (ACUMULADO NO PERÍODO)
- R$ 21,67 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- R$ 19,31 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 12,2%
TÍQUETE MÉDIO DO MÊS (VALOR MÉDIO DA COTA)
- R$ 19,89 MIL (OUTUBRO/2024)
- R$ 18,78 MIL (OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 5,9%
CONTEMPLAÇÕES* (CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
- 594,64 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- 575,15 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 3,4%
* EM RAZÃO DE PARCERIA ENTRE ABAC E B3, ESTE INDICADOR PODERÁ SER DESDOBRADO POR REGIÕES E POR ALGUNS ESTADOS, BASEADO NAS UTILIZAÇÕES DOS CRÉDITOS NO PERÍODO MENCIONADO.
VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS (ACUMULADO NO PERÍODO)
- R$ 11,50 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- R$ 10,33 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 11,3%
VEÍCULOS PESADOS (CAMINHÕES, ÔNIBUS, SEMIRREBOQUES, TRATORES, IMPLEMENTOS)
CRÉDITOS CONCEDIDOS EM CONTEMPLAÇÕES AVANÇAM QUASE 25% NO ACUMULADO DE JANEIRO A OUTUBRO
De janeiro a outubro, os grupos de consórcios de veículos pesados, que reúnem caminhões, tratores, implementos rodoviários e agrícolas, registraram aumentos em três de seis indicadores: participantes ativos, contemplações e créditos concedidos. O destaque foi o total de créditos liberados para os consorciados contemplados que atingiu R$ 13,44 bilhões, potencialmente injetados no mercado de veículos pesados, anotando alta de 24,6%.
Apesar da somatória de vendas de cotas ter sido inferior à do ano passado, observou-se uma procura por créditos menores, com tíquete médio de R$ 158,57 mil. Por consequência, os negócios realizados, influenciados ainda pelos reflexos decorrentes dos problemas climáticos, estiagem, inundações e queimadas, ocorridos em vários estados do país, totalizaram R$ 36,66 bilhões.
Em razão das expectativas de safra recorde para 2024/2025, as perspectivas para o consórcio de veículos pesados no segmento do agronegócio seguem otimistas. Por consequência, é possível esperar recuperações em diversos segmentos da cadeia produtiva, que utilizam caminhões, máquinas agrícolas e implementos agrícolas e rodoviários, sinalizando boas performances para o final do ano.
As quase 50 mil contemplações, exclusivas de caminhões acumuladas nos dez meses, corresponderam a potencial aquisição de 32,9% do mercado interno, que totalizou 150,43 mil unidades vendidas, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O percentual equivaleu a um caminhão a cada três comercializados no país.
PARTICIPANTES ATIVOS CONSOLIDADOS (CONSORCIADOS)
- 843,65 MIL (OUTUBRO/2024)
- 752,79 MIL (OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 12,1%
VENDAS DE COTAS (NOVOS CONSORCIADOS)
- 204,22 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- 261,31 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
RETRAÇÃO: 21,8%
VOLUME DE CRÉDITOS COMERCIALIZADOS (ACUMULADO NO PERÍODO)
- R$ 36,66 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- R$ 39,10 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
RETRAÇÃO: 6,2%
TÍQUETE MÉDIO DO MÊS (VALOR MÉDIO DA COTA)
- R$ 158,57 MIL (OUTUBRO/2024)
- R$ 165,78 MIL (OUTUBRO/2023)
RETRAÇÃO: 4,3%
CONTEMPLAÇÕES (CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
- 74,35 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- 68,81 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 8,1%
VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS (ACUMULADO NO PERÍODO)
- R$ 13,44 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- R$ 10,79 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 24,6%
IMÓVEIS
ADESÕES CRESCEM QUASE 28% E NEGÓCIOS AVANÇAM MAIS DE 33%, DE JANEIRO A OUTUBRO
O sonho da casa própria pode ser realizado pela opção mais simples e econômica disponível no mercado: o consórcio de imóveis. Classificado em terceiro lugar em número de consorciados ativos do Sistema, a modalidade apresentou até outubro um grande número de adesões com cotas de valores superiores aos registrados anteriormente. Assim, o acumulado de vendas e o de negócios avançaram fortemente nos dez meses deste ano, apoiado por um tíquete médio mensal também em alta.
A modalidade tem apresentado crescimentos constantes, evidenciando a consciência do brasileiro em adquirir a casa própria planejando com parcelas mensais acessíveis e com custo final menor.
Ao ultrapassar recentemente a marca dos dois milhões de participantes ativos, o consórcio de imóveis tem tido sucessivos avanços há alguns anos. Entre outras características exclusivas, o consórcio de imóveis tem despertado também interesse de investidores econômicos cujo objetivo principal é a formação ou a ampliação patrimonial visando auferir rendimentos extras futuros.
Os mais de 81 mil consorciados contemplados, de janeiro a setembro deste ano, proporcionaram potencial injeção financeira acima dos R$ 15 bilhões no mercado imobiliário. Houve potencial participação de 16,4% da modalidade no total de 495,14 mil imóveis financiados no período, incluindo os consórcios, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
UTILIZAÇÃO DO FGTS NO CONSÓRCIO DE IMÓVEIS – JANEIRO A OUTUBRO
Nos meses de janeiro a outubro, a utilização de saldos nas contas do FGTS pelos consorciados-trabalhadores acumulou 3.157 participantes dos grupos de consórcios de imóveis. Houve uso para aquisições de imóveis prontos, amortizações de saldos devedores, aquisições de imóveis em construção e liquidações de saldos devedores.
PARTICIPANTES ATIVOS CONSOLIDADOS (CONSORCIADOS)
- 2,06 MILHÕES (OUTUBRO/2024)
- 1,65 MILHÃO (OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 24,8%
VENDAS DE COTAS (NOVOS CONSORCIADOS)
- 817,37 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- 639,16 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 27,9%
VOLUME DE CRÉDITOS COMERCIALIZADOS (ACUMULADO NO PERÍODO)
- R$ 156,69 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- R$ 117,12 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 33,8%
TÍQUETE MÉDIO DO MÊS (VALOR MÉDIO DA COTA)
- R$ 192,17 MIL (OUTUBRO/2024)
- R$ 189,01 MIL (OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 1,7%
CONTEMPLAÇÕES (CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
- 92,42 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- 87,84 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 5,2%
VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS (ACUMULADO NO PERÍODO)
- R$ 17,36 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- R$ 16,06 BILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 8,1%
ELETROELETRÔNICOS E OUTROS BENS MÓVEIS DURÁVEIS
VENDAS ULTRAPASSAM 54% E NEGÓCIOS DOBRAM, NO ACUMULADO DE JANEIRO A OUTUBRO
O consórcio de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis vem despertando interesse daqueles que pretendem atualizar seus eletrônicos, melhorando inclusive sua qualidade de vida. Ao longo dos dez meses, de janeiro a outubro, vem registrando forte recuperação. Apoiadas pelo crescimento de 38,4% no tíquete médio e no aumento de 54,6% nas vendas de cotas, atingiu 103,5% de evolução nos negócios, no mesmo período do ano passado.
O foco principal do consórcio de eletros tem sido os telefones celulares entre os diversos tipos de bens móveis e duráveis. No setor, além dos avanços citados, houve ainda alta de 19,5% nos créditos concedidos para os consorciados contemplados, potencialmente injetados no mercado consumidor. Paralelamente, o setor anotou retração em participantes ativos e estabilidade nas contemplações.
PARTICIPANTES ATIVOS CONSOLIDADOS (CONSORCIADOS)
- 269,29 MIL (OUTUBRO/2024)
- 280,61 MIL (OUTUBRO/2023)
RETRAÇÃO: 4,0%
VENDAS DE COTAS (NOVOS CONSORCIADOS)
- 107,12 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- 69,29 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 54,6%
VOLUME DE CRÉDITOS COMERCIALIZADOS (ACUMULADO NO PERÍODO)
- R$ 768,85 MILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- R$ 377,88 MILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 103,5%
TÍQUETE MÉDIO DO MÊS (VALOR MÉDIO DA COTA)
- R$ 8,39 MIL (OUTUBRO/2024)
- R$ 6,06 MIL (OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 38,4%
CONTEMPLAÇÕES (CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
- 48,28 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- 48,28 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
ESTÁVEL
VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS (ACUMULADO NO PERÍODO)
- R$ 346,30 MILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- R$ 289,83 MILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 19,5%
SERVIÇOS
CRÉDITOS CONCEDIDOS SOMAM MENSALMENTE POUCO MAIS DE R$ 50 MILHÕES POTENCIAMENTE INJETADOS NO MERCADO
Ao injetar potencialmente pouco mais de R$ 50 milhões mensais no mercado consumidor, o consórcio de serviços contemplou quase 30 mil consorciados, no acumulado de janeiro a outubro. Este mecanismo tem, entre suas principais características e peculiaridades, a flexibilidade e a diversidade na utilização dos créditos liberados por ocasião das contemplações.
Importante acrescentar que os créditos concedidos foram potencialmente investidos, por exemplo, em reformas residenciais; saúde e estética, com procedimentos estéticos, implantes, tratamentos odontológicos ou mesmo fertilização em vitro; turismo, com viagens, pacotes; educação, com estudos no Brasil ou no exterior; bem como festas e eventos como casamentos, formaturas, aniversário; entre outros.
No período, além do avanço verificado no tíquete médio mensal, houve também alta na comercialização de cotas com consequente crescimento dos negócios. Em contrapartida, os indicadores de participantes ativos, contemplações e créditos concedidos apresentaram retrações.
Ao participar do consórcio de serviços, os consorciados usufruem das vantagens e características como prazos mais longos, baixa taxa mensal de administração com consequente custo final menor, manutenção do poder de compra, isenção de IOF, bem como parcelas mensais acessíveis aos orçamentos individuais, familiares ou, até mesmo, empresariais.
PARTICIPANTES ATIVOS CONSOLIDADOS (CONSORCIADOS)
- 128,90 MIL (OUTUBRO/2024)
- 187,55 MIL (OUTUBRO/2023)
RETRAÇÃO: 31,3%
VENDAS DE COTAS (NOVOS CONSORCIADOS)
- 44,50 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- 39,66 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 12,2%
VOLUME DE CRÉDITOS COMERCIALIZADOS (ACUMULADO NO PERÍODO)
- R$ 757,16 MILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- R$ 600,27 MILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 26,1%
TÍQUETE MÉDIO DO MÊS (VALOR MÉDIO DA COTA)
- R$ 17,27 MIL (OUTUBRO/2024)
- R$ 16,01 MIL (OUTUBRO/2023)
CRESCIMENTO: 7,9%
CONTEMPLAÇÕES (CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE CONTRATAR SERVIÇOS)
- 29,88 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- 40,60 MIL (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
RETRAÇÃO: 26,4%
VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS (ACUMULADO NO PERÍODO)
- R$ 504,46 MILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2024)
- R$ 610,37 MILHÕES (JANEIRO-OUTUBRO/2023)
RETRAÇÃO: 17,4%