Passado o período da crise econômica, o consórcio de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis vêm anotando crescimento no total de participantes ativos. 

Levantamento preparado pela assessoria econômica da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios aponta o aumento pela demanda constante em razão do comportamento do consumidor que, ao planejar suas finanças pessoais baseada na essência da educação financeira, tem assumido novos compromissos financeiros dentro de sua capacidade orçamentária mensal, seja pessoal ou familiar.

Em panoramas anteriores, o volume de consorciados ativos cresceu de 26,5 mil participantes, em junho de 2017, para 41 mil, em novembro de 2018, mostrando um avanço de 54,7% no período.

 

Para o presidente executivo da ABAC, Paulo Roberto Rossi, "tem-se observado um consumidor mais atento à gestão de seus recursos, programando novas aquisições ou modernização de seus eletroeletrônicos pelo consórcio. Ao considerar qualidade de vida, tem buscado o mecanismo em virtude de suas características de custo final menor e prazos mais longos. Portanto, com parcelas mensais mais acessíveis".

O estudo, feito junto às administradoras que atuam nesse segmento, mostrou uma presença maior do público masculino, com 54,6%, seguido pelo das mulheres, com 32,4% e pelas pessoas jurídicas, com 13%.

Os eletros mais procurados por ocasião da compra, após a contemplação, foram os da chamada Linha Marrom - que inclui os televisores, aparelhos de som, vídeo, por exemplo - com 35,3%.

Em segundo lugar estiveram os eletrônicos, como computadores, notebooks, tabletes e smartphones, com 26%. Na sequência, ficou a Linha Branca, que compreende geladeiras, freezer, micro-ondas e fogões, com 19,6%. Posteriormente, vieram os demais bens móveis duráveis como sofás, camas e armários, que marcaram 9,5%, seguido de "outros", como bicicletas, bicicletas elétricas e equipamentos para energia solar, com 9,6%.

 

O valor médio dos créditos contratados esteve entre R$ 1,5 mil e R$ 39,7 mil, propiciando a média de R$ 8,4 mil, para prazo médio de duração dos grupos de 45 meses, com taxa média de administração de 0,412% ao mês, tendo o IGP-M como principal indexador de correção do crédito.

"A modalidade consórcio continua sendo a melhor forma de adquirir um bem parceladamente. Com planejamento financeiro pessoal, familiar e até empresarial, as compras tornam-se mais simples e vantajosas. Para aqueles que pretendem adquirir veículos novos ou seminovos, os mais variados tipos de imóveis ou eletroeletrônicos, os grupos de consórcios disponibilizam planos diversos com parcelas mensais acessíveis aos orçamentos, propiciando um consumo consciente e responsável", complementa Rossi.

Em novembro último, o Sistema de Consórcios contabilizou 7,077 milhões de consorciados ativos, dos quais 41 mil [5,7%] são participantes do consórcio de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis. 

Nos onze meses de 2018, a modalidade acumulou 2,36 milhões de adesões, sendo 26,30 mil [1,1%] em cotas do setor de eletros. As contemplações totalizaram 9,64 mil participantes correspondentes a R$ 52,03 milhões em créditos concedidos.

Nesse período, o acumulado de créditos comercializados com as novas cotas de todo o Sistema de Consórcios atingiu R$ 96,32 bilhões, incluindo R$ 134,40 milhões relativos às adesões ao consórcio de eletros. 

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