Nos primeiros nove meses deste ano, o número de adesões aos consórcios aumentou, mostrando que o mecanismo tem sido procurado como forma simples, econômica e planejada de adquirir automóvel, casa, motocicleta, eletroeletrônico e até serviços. 

O recente recorde de vendas em setembro, com 241,5 mil novas cotas, mostra um consumidor mais consciente sobre suas finanças pessoais e que, em muitas ocasiões, tem programado suas compras por meio da modalidade. 

Nos dois últimos meses do ano, quando há o pagamento do 13º salário, "a expectativa é que parte dos consumidores o invista no Sistema de Consórcios, seja parcial ou totalmente, ao ofertar lance ou quitar parcelas vincendas de cota existente, ou ainda uma nova adesão, projetando um investimento em bens ou serviços desejados", explica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.

Nos últimos bimestres de anos anteriores, observaram-se vendas médias superiores a 400 mil adesões, com destaques para carros, motos e imóveis. "Trata-se de indicador que comprova que o consumidor, ao assimilar a essência da educação financeira, gradativamente a coloca em prática. Tem buscado assumir compromissos dentro de sua capacidade orçamentária mensal", complementa Rossi.

O perfil do comprador brasileiro vem mudando nos últimos anos: mais consciente de suas responsabilidades, tem procurado minimizar seu endividamento, por meio do consórcio, modalidade de autofinanciamento capaz de proporcionar a realização de objetivos pessoais, familiares e empresariais.

Os últimos indicadores econômicos reforçam a possível retomada do crescimento. A inflação deste ano deverá fechar dentro do centro da meta originando uma boa perspectiva para 2019, ao considerar também que um novo governo federal tomará posse a partir de 1º de janeiro.

Com esse panorama, fica claro que as políticas macroeconômicas divulgadas poderão gerar, a médio e longo prazos, resultados positivos para o comércio e indústria, ainda parcialmente ociosos.

Do lado do consumidor, seu comportamento deverá ser o de planejar para fazer novos investimentos. Com a inflação controlada, sua renda estará preservada e originará mais oportunidades para alocar seus recursos.

Apesar de os setores industrial e comercial ainda operarem com parcial capacidade instalada - situação que reflete a lenta recuperação dos empregos - alguns aspectos apontam para um cenário futuro diverso daquele existente nos últimos anos. 

"Apenas com o crescimento observado no Sistema de Consórcios, durante os nove primeiros meses deste ano, permitimo-nos reiterar que, adicionando uma pequena dose de otimismo, devamos encerrar 2018 com ampliação dos negócios consorciais em relação a 2017 e com boas perspectivas para 2019", finaliza Rossi.

Nos nove primeiros meses de 2018, com os negócios somando R$ 76,44 bilhões e alta de 3,9% sobre os R$ 73,57 bilhões do ano passado, o volume total de adesões, 1,882 milhão de cotas, apresentou recorde de vendas nos últimos cinco anos, registrando crescimento de 7,6% sobre o alcançado em 2017. 

Em setembro, além do recorde geral do mês no ano com 241,5 mil adesões, foram também observados recordes em todos os setores: Veículos Leves, Veículos Pesados, Motocicletas, Imóveis, Serviços e Eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis.

 

A somatória de contemplações no período atingiu 893,4 mil, 2,1% inferiores às 912,6 mil dos mesmos meses em 2017. Os correspondentes créditos concedidos subiram 2,1%, superando R$ 30 bilhões.

  (CONSORCIADOS EM GRUPOS EM ANDAMENTO)

  - 7,055 MILHÕES (SETEMBRO/2018)

  - 6,872 MILHÕES (SETEMBRO/2017)

  CRESCIMENTO: 2,7%

- VENDAS DE NOVAS COTAS (NOVOS CONSORCIADOS)

   - 1,882 MILHÃO (JANEIRO-SETEMBRO/2018)

   - 1,749 MILHÃO (JANEIRO-SETEMBRO/2017)

   CRESCIMENTO: 7,6%

 - R$ 76,44 BILHÕES (JANEIRO-SETEMBRO/2018)

 - R$ 73,57 BILHÕES (JANEIRO-SETEMBRO/2017)

   CRESCIMENTO: 3,9%

- TÍQUETE MÉDIO GERAL (VALOR MÉDIO DA COTA NO MÊS)

  - R$ 42,5 MIL (SETEMBRO/2018)

  - R$ 43,9 MIL (SETEMBRO/2017)

  RETRAÇÃO: 3,2%

   (CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)

   - R$ 893,4 MIL (JANEIRO-SETEMBRO/2018)

   - R$ 912,6 MIL (JANEIRO-SETEMBRO/2017)

   RETRAÇÃO: 2,1%

 - R$ 30,14 BILHÕES (JANEIRO-SETEMBRO/2018)

 - R$ 29,63 BILHÕES (JANEIRO-SETEMBRO/2017)

 CRESCIMENTO: 1,7%

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