20/12/2017
Potenciais participações dos consórcios no terceiro trimestre - dezembro 2017
NORTE, CENTRO-OESTE E NORDESTE LIDERAM POTENCIAIS PARTICIPAÇÕES DOS CONSÓRCIOS NAS VENDAS DE VEÍCULOS AUTOMOTORES NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2017
Os consórcios de imóveis apresentaram média nacional de quase 30% de potencial participação nos contratos de financiamento
Levantamento feito pela assessoria econômica da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, baseada em dados recentemente disponibilizados pelo Banco Central do Brasil relativos ao terceiro trimestre deste ano, apontou que as contemplações nos grupos de veículos automotores mostraram-se potencialmente importantes e contribuíram para as vendas setoriais do mercado interno.
O setor de motocicletas foi o que registrou a maior média nacional de potencial participação, 64,7%, percentual que indica que duas a cada três motos comercializadas podem ter sido pelo Sistema de Consórcios. Os destaques aconteceram em três estados que estiveram acima de 100%. O primeiro colocado foi o Piauí com 122,9%, seguido por 116,3% do Tocantins e 101,3% de Rondônia. A média da região Norte foi a maior com 92,3%, acima dos 76% do Nordeste, segunda colocada.
Fonte: Assessoria Econômica da ABAC e Banco Central do Brasil
No setor de veículos pesados, um dos termômetros da economia, em razão do transporte rodoviário de carga refletir o nível das atividades no país, os consórcios mostraram expressivo potencial de presença na comercialização de caminhões no mercado interno, de janeiro a setembro deste ano. A média nacional de 63,5%, ou seja, quase duas unidades a cada três, ficou atrás apenas das regiões Centro-Oeste e Sul, que apresentaram médias de 93,5% e 68,8%, respectivamente. Entre os estados, os três primeiros classificados, a exemplo do ocorrido no setor de motocicletas, também estiveram acima dos 100%. Mato Grosso, com o maior registro, atingiu 133,5%, seguido pelo Rio Grande do Sul com 102,2% e Acre com 100,4%.
Fonte: Assessoria Econômica da ABAC e Banco Central do Brasil
Com maior volume de participantes no Sistema de Consórcios, o setor de veículos leves, que inclui automóveis, utilitários e camionetas, atingiu a média nacional de 28,9% nos nove primeiros meses do ano, isto é, quase um veículo a cada três comercializados no mercado interno. Os estados da Bahia com 55,9%, Mato Grosso com 55,3% e Tocantins com 54,8% foram os primeiros colocados no país. A maior média regional foi a do Nordeste, alavancada pelo resultado alcançado na Bahia, com 37,8%, seguida pela do Centro-Oeste com 36,3%, ambas acima da nacional.
Fonte: Assessoria Econômica da ABAC e Banco Central do Brasil
Para Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, "as razões dessa forte predominância dos consórcios tanto em estados como Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Tocantins e Bahia estão vinculadas a vários fatores como ao agronegócio, por exemplo, que neste ano apresentou recorde nacional de safra?.
Antes de comprar um bem ou contratar um serviço, seja como pessoa física ou jurídica, o consumidor tem analisado, de forma crescente, os custos, prazos e sua efetiva necessidade imediata. ?Também é importante destacar que o consumidor, mais atento e consciente sobre a essência da educação financeira, tem assumido novos compromissos responsáveis dentro dos limites de seu orçamento mensal. Ao pensar no futuro, tem muitas vezes buscado realizar seus objetivos pessoais, familiares ou empresariais por meio do consórcio, um sistema de autofinanciamento, cujo sucesso permanece há mais de 55 anos", completa Rossi.
EM NOVE ANOS, A POTENCIAL PARTICIPAÇÃO DOS CONSÓRCIOS NAS VENDAS NO MERCADO INTERNO QUASE QUADRUPLICA
O levantamento apresentou ainda o desempenho da potencial participação das contemplações nos últimos nove anos, do fechamento do 3º trimestre de 2009 ao de 2017. A comercialização de veículos novos ou seminovos, via consórcio, registrou 29,1% de presença de janeiro a setembro de 2017, quase quatro vezes 7,8%, atingido no mesmo período de 2009.
No setor das duas rodas, apesar das retrações ocorridas em 2010 e 2011, houve significativo aumento [27,2 pontos percentuais] no mesmo intervalo de nove anos na potencial participação nas vendas internas totais acumuladas no país. A evolução foi de 37,5% (jan-set/2009) para 64,7% (jan-set/2017).
Nos caminhões, a alta também foi significativa. Foram 39,8 pontos percentuais de crescimento com salto de 23,7% (jan-set/2009) para 63,5% (jan-set/2017).
Fonte: Assessoria Econômica da ABAC e Banco Central do Brasil
A PRESENÇA DIVERSIFICADA EM CADA REGIÃO
Ao verificar as potenciais participações das contemplações dos consórcios nas vendas de automotores em cada região, considerando as unidades da federação e o Distrito Federal, no terceiro trimestre de 2017 notou-se lideranças diversas nas presenças das modalidades em três regiões diferentes: Norte, Centro-Oeste e Nordeste.
A média nacional no setor de motocicletas fechou com 64,7% (jan-set/2017) contra 63,1% (jan-set/2016). Em primeiro lugar, a região Norte cravou 93,2% de potencial participação, na sequência da classificação ficaram as regiões Nordeste e Centro-Oeste, ambas acima da média do país com 76% e 66,4%, respectivamente. Sul com 61,1% e Sudeste com 44,1% completaram a lista.
Os caminhões assinalaram 63,5% de média nacional do Sistema de Consórcios nas comercializações internas. Tivemos no primeiro lugar a região Centro-Oeste fechando 93,5%. Do segundo ao quinto lugares, estiveram Sul com 68,8%, Nordeste com 61,5%, Sudeste com 56,1% e Nordeste com 54,1%.
Entre os veículos leves, a média do país nas vendas totais no mercado interno apontou 28,9%. Diferente dos setores de duas rodas e dos caminhões, a região Nordeste esteve à frente com 37,8%. Logo a seguir vieram o Centro-Oeste com 36,3%, Norte com 31,5%, Sul com 31% e Sudeste com 24,4%.
Análises feitas pela assessoria econômica da ABAC anotaram ainda que o Sistema vem ampliando fortemente sua presença no mercado automotivo também em 2017, uma recuperação iniciada em maio de 2016. "Essa evolução", esclarece Rossi, "confirma os 5,98 milhões de consorciados só em automotores em setembro, já computados os recordes mensais de vendas nos três setores: veículos leves, motocicletas e caminhões?.
Nos últimos anos, o consumidor amadureceu e passou a praticar a gestão das finanças pessoais, motivado por fatores como planejamento financeiro, custos menores, prazos mais longos e formação ou ampliação de patrimônio, sempre com responsabilidade.
IMÓVEIS VOLTARAM A CRESCER NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS
O setor de imóveis, formado por consorciados que desejam sua casa própria, locais para atividades profissionais e empresariais ou até mesmo rendimentos para ampliar sua aposentadoria, apresentou média nacional de potencial participação em 29,1%. O percentual indica que um a cada três imóveis financiados no país pelo SBPE Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo e o Sistema de Consórcios foi via a modalidade.
O estado do Paraná alcançou o maior percentual entre todos os estados, 43%. Foi superior às médias de todas as regiões e ainda mais alta que a média nacional. No segundo lugar ficou o Rio Grande do Sul com 35,6% e São Paulo com 30,7%. Impulsionada pelos bons resultados do Paraná e Rio Grande do Sul, a média regional do Sul foi de 36,8%, enquanto a do Sudeste fechou em 29,2%, levada pelos bons resultados dos estados de São Paulo e Minas Gerais.
Depois de oscilar negativamente de 2009 até 2014, nos últimos três anos (2015, 2016 e 2017), no período de janeiro a setembro de cada ano, as médias de potencial participação se recuperaram e avançaram de 11,4% (jan-set/2014) para 29,1% (jan-set/2017), com crescimento de 17,7 pontos percentuais.
Fonte: Assessoria Econômica da ABAC e Banco Central do Brasil
GRÁFICOS SETORIAIS - 3º TRIMESTRE DE 2016
Para comparar as performances de 2017 em relação às de 2016, os gráficos abaixo mostram as potenciais participações das Unidades da Federação e Distrito Federal em barras azuis. As regiões estão na cor amarela enquanto a média nacional está em vermelho.
MOTOCICLETAS
Fonte: Assessoria Econômica da ABAC e Banco Central do Brasil
VEÍCULOS LEVES
Fonte: Assessoria Econômica da ABAC e Banco Central do Brasil
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CAMINHÕES
Fonte: Assessoria Econômica da ABAC e Banco Central do Brasil
IMÓVEIS
Fonte: Assessoria Econômica da ABAC e Banco Central do Brasil
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